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Colinas cobertas por plantações de uva por todos os lados, pequenos vilarejos de aspecto medieval, torres e pinheiros que se destacam no horizonte e um final de tarde de tom alaranjado digno de cartão postal. Poderíamos estar descrevendo uma paisagem italiana bastante conhecida, mas não, estamos falando de Goriska Brda na Eslovênia, conhecida como a “Toscana da Eslovênia”.
Brda está localizada no oeste da Eslovênia, praticamente na fronteira com a Itália, entre o Mar Adriático e os Alpes. O clima mediterrâneo, com bastante sol, inverno menos rigoroso, chuva em abundância, além de um solo rico em nutrientes, fizeram dessa a principal região vinícola do país. Setenta por cento da produção é de vinho branco, principalmente da variedade da uva Ribula (conhecida como Ribolla Gialla, na Itália), mas também é possível encontrar tintos deliciosos para degustar.
Excelentes vinhos aliados à paisagem pitoresca, renderam a Brda o título de “Toscana da Eslovênia”. Uma Toscana em menor escala, é verdade, mas igualmente encantadora, principalmente pelo fato de ainda não ter sofrido com a invasão massiva de turistas e por preservar um aspecto bastante original.
*Está indo para a Eslovênia? Então não deixe de ler:
- O que fazer em Liubliana;
- Lago de Bled, um dos lugares mais lindos da Eslovênia;
- Caverna de Postojna, a atração mais visitada da Eslovênia.
Degustação de vinhos em Brda na Eslovênia
Diferente de outras regiões vinícolas que já visitamos, em Brda a degustação acontece na casa do produtor em um encontro bastante informal e intimista. Entre taças de vinho e cortes de queijos e frios, o anfitrião te leva para um tour em sua adega, explica detalhes da produção e de quebra ainda conta várias histórias de vida. Não é apenas uma degustação, mas uma imersão na cultura da região.
Nós, que adoramos uma boa conversa (ainda mais quando acompanhada de um bom vinho), não poderíamos ter gostado mais da experiência que tivemos na casa do Tomaz Princic, produtor dos vinhos Princic.
*É preciso marcar a visita com antecedência. Como não tínhamos planejado nossa viagem a Brda na Eslovênia, contamos com a gentileza e agilidade da equipe do Hotel Vila Kozana, que conseguiu marcar nossa “semi-degustação” com o Tomaz para o mesmo dia.
Degustação com o Tomaz, da Princic
Encontramos o Tomaz na porta de sua casa e ele já foi logo se desculpando pois não poderia nos receber para uma degustação completa, já que tinha um grupo de turistas chegando dentro de uma hora. Normalmente a visita dura entre duas e três horas, sendo 1h30 de explicação sobre o vinho e produção e o resto de conversa em meio a taças de vinho e petiscos.
Primeiramente, o Tomaz nos levou para ver parte de sua plantação, explicou por que a região de Brda é tão propícia para o cultivo daquelas uvas e falou também sobre a recepção do produto esloveno no exterior. Depois, entramos para sua casa e ele nos levou até a adega, onde nos contou mais sobre os diferentes vinhos que tinha ali e as técnicas empregadas em cada um deles.
Como nossa visita tinha sido marcada em cima da hora, não tínhamos intenção de provar nenhum rótulo, apenas entender mais sobre a história e tal. No entanto, quando estávamos prestes a nos despedir, o Tomaz veio com duas garrafas de vinho, um branco Chardonnay (que ele fez questão de demonstrar a preferência) e um tinto feito a partir de um blend de uvas, e perguntou qual preferíamos. Ao respondermos “o tinto”, ele continuou olhando fixamente nos nossos olhos, virando a cabeça uns 15 graus pra esquerda, como quem quer uma nova resposta. Quando então dissemos “o branco”, ele abriu um enorme sorriso e falou: “Sabia. Ótima escolha!”.
O Tomaz é tão apaixonado pelo que faz que nos conquistou imediatamente. Sabe esse tipo de pessoa que empenha toda a energia no que faz e se entrega completamente ao momento? Ele é assim. Nos demos tão bem que depois do Chardonnay, embalamos o vinho tinto e várias outras taças direto do barril. Conversamos sobre a vida, viagens, cultura, amores e amizades e saímos de lá não apenas apaixonados pelos vinhos do Tomaz, mas pelo próprio Tomaz.
O que fazer em Brda na Eslovênia
Além da degustação, vale a pena perder um tempo explorando os vilarejos e a paisagem da região. Dois pontos que não podem ficar de fora do seu roteiro:
- Castelo de Dobrovo: castelo do século XVII que já foi moradia de muitas famílias nobres e hoje é um centro de exposições e museu.
- Smartno: um vilarejo medieval todo murado e preservado que é puro charme.
Se você vem de Liubliana, confira essa degustação de vinhos por lá! E se você está organizando sua viagem para a Eslovênia, você definitivamente deve ver este guia completo sobre tudo o que você pode ver e fazer ao viajar na Eslovênia.
Sabia que a gente fez toda a viagem para a Eslovênia de bicicleta? Inclusive, fizemos uma doc series no nosso canal do YouTube mostrando todo o caminho de Parma até a Eslovênia em 16 episódios legendados.
Onde se hospedar em Brda na Eslovênia
Nós ficamos hospedados em um dos melhores hotéis da região, o Vila Kozana, que oferce vistas espetaculares para as colinas de Brda.
Para a nossa surpresa, o hotel acabou de ser comprado e restaurado por uma brasileira (!), a Binha, que nos recebeu tão bem que difícil mesmo foi criar coragem para ir embora.
Além dos quartos espaçosos e confortáveis, o Vila Kozana tem um spa, restaurante e bar deliciosos. Eles também ajudam a organizar passeios de carro ou bicicleta pela região e outros pontos turísticos da Eslovênia. Mas veja outras opções de acomodação na região aqui.
Como chegar em Brda
A melhor maneira de explorar Brda é de carro (como na Toscana) ou bicicleta (que foi o nosso caso). Goriska Brda na Eslovênia fica a 140km da capital eslovena Liubliana, 66km de Trieste e 144 km de Veneza. Veja aqui as melhores promoções de aluguel de carro na Eslovênia.
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Seguro viagem para Eslovênia (cobertura Europa)
Não esqueça de contratar o seguro viagem. Além de ser obrigatório para a Europa (alguns oficiais de imigração podem pedir na entrada do país), ele é essencial para lidar com imprevistos. Nós mesmos já tivemos que acionar o seguro diversas vezes, como no Paquistão, no Quênia e em Dubai, e tivemos a sorte de contar com um bom atendimento que não nos custou nada.
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